domingo, 12 de outubro de 2008

Os 20 mil milhões em garantias aos bancos

Só os próximos dias dirão se a medida é boa ou má (e será boa se eficaz, i.e. se os bancos voltarem a financiar-se uns aos outros), mas a medida anunciada pelo ministro Teixeira dos Santos (noticiada em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1345747) parece fazer sentido. Porquê? Há uma diferença muito relevante em relação à generalidade dos pacotes anunciados/discutidos até aqui (nacionalizações, compra pelo Estado de activos "tóxicos", e, de forma mais disparatada, encerramento de mercados de capitais e fixação de taxas de juro administrativamente): não vai contra a lógica do mercado. O Estado parece assumir, antes sim, o papel de "facilitador" do funcionamento do mercado que, dizem os manuais, a ele deve pertencer. Com uma vantagem adicional: se tudo correr bem (i.e. se não fôr necessário accionar garantias), tudo terá sido feito sem necessidade de recurso ao dinheiro dos contribuintes.

1 comentário:

Rafeiro Perfumado disse...

Se tudo correr mal, quem se lixa, quem é?

Já dizem que esta crise é pior do que um divórcio. É que a malta já perdeu metade do património mas a mulher continua lá em casa!